Cinthia Alireti
Cinthia Alireti é a regente titular e co-diretora artística da Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU) desde 2012. Sob sua direção, destacam-se as produções das óperas A Moreninha, de Ernst Mahle (2022), O Morcego, de Johann Strauss (2019), La Traviata, de Giuseppe Verdi (2018), A Flauta Mágica, de W.A. Mozart (2017), O Elixir do Amor, de Gaetano Donizetti (2016), e a estreia, no mesmo ano, da ópera multimodal Descobertas de J. Manzolli. Além de sua atuação em Campinas, tem colaborado como regente convidada à frente de diversas orquestras, coros e ensembles, tais como, Orquestra Sinfônica Nacional do Teatro Cláudio Santoro, Orquestra Sinfônica do Espírito Santo, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Theatro São Pedro (Porto Alegre), Collegium musicum Potsdam (Alemanha), Ensemble Abstrai (Rio de Janeiro), Fênix de los Ingenios (EUA), BLEMF Orchestra (EUA), do Coro Mixto Ciudad de Quito (Teatro Sucre), coro da New European Philharmonic (Paris), Ensemble Vocal Dolce Tempo e Ensemble Instrumental Musili (Paris), Orchestre Symphonique Ars Fidelis (Paris), entre outros.
Contribui extensivamente para a difusão de composições contemporâneas e também clássicos da literatura do século XX no seu país. Em 2017, criou o primeiro “Encontro de Música Contemporânea OSU”, que combina performances musicais com apresentações educativas de música contemporânea, incluindo entrevistas ao vivo. Paralelamente à música contemporânea, seu interesse pela interpretação historicamente informada levou a colaborações com autoridades do mundo da música antiga, como o violinista Stanley Ritchie, Paul Elliott, Eva Legêne, Barry Bauguess, Paige Whitley-Bauguess, Sherezade Panthaki, Daniel Bubeck e Elisabeth Wright, com quem estudou cravo durante seu doutorado na Universidade de Indiana (EUA). No mesmo período, fundou o Anima e Corpo Ensemble, grupo vocal e instrumental dedicado a performances de óperas barrocas. Em 2008, foi convidada para dirigir a ópera Tigrane, de Alessandro Scarlatti, com instrumentos de época, durante o Bloomington Early Music Festival (BLEMF, EUA).
Foi idealizadora e coordenadora das três edições do “Fórum Gestão Orquestral e Compromisso Social”, evento em parceria com o Ciddic (Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural), o qual reuniu personalidades relevantes da música clássica, com o objetivo de discutir melhorias no ecossistema da música de concerto. Também idealizou e coordenou o ”Projeto Identidade, Música e Arquitetura”, ação cultural em parceria com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), que combina performances de música clássica com histórias dos patrimônios da cidade de Campinas.
Importantes maestros contribuíram para sua formação, entre eles, Marc Minkowski, Ton Koopman, John Poole, Roberto Paternostro, Juan Pablo Isquierdo, John Nelson, Kenneth Kiesler, Rodolfo Fischer, Carmen Helena Tellez, Jan Harrington, Imre Palló e Thomas Baldner. Durante sua graduação, aperfeiçoou-se em piano com Gilberto Tinetti e em composição com Willy Corrêa de Oliveira. Na área de canto lírico, estudou com grandes nomes do cenário lírico brasileiro, tais como, Lenice Prioli, Adélia Issa, Benito Maresca e Vesna Bankovic, e nos Estados Unidos, com a soprano polonesa Teresa Kubiak e o tenor inglês Paul Elliott, com quem se aperfeiçoou em canto barroco.
Possui mestrado e doutorado em regência coral e orquestral, com especialização em música antiga na Universidade de Indiana (Bloomington, EUA), bacharelados em Composição Musical (Universidade de São Paulo) e em Publicidade e Propaganda (Faculdade Armando Álvares Penteado), e mestrado franco-alemão em musicologia na Universidade de Paris–Sorbonne e na Universidade de Saarland (Alemanha). Como musicóloga, realizou edições críticas de óperas barrocas para duas edições do Festival della Valle d’Itria na Itália (2014, 2016), utilizadas em apresentações ao vivo, transmissões pela RAI e registros em CDs.