A Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU) anunciou a temporada 2023 com uma proposta inovadora: integrar estudantes de diferentes áreas da universidade em suas produções musicais. A maestrina da OSU, Cinthia Alireti, destacou o objetivo de estabelecer um longo relacionamento com os estudantes da Unicamp, permitindo que eles possam participar integralmente da temporada, seja como bolsistas instrumentistas, produção ou arquivo.
Segundo a maestrina, a integração desses jovens músicos tem contagiado a orquestra com uma energia muito positiva, já que eles buscam se profissionalizar ao lado de músicos tão experientes. “Os programas e cartazes também ganham novos aspectos, pois agora contam com estudantes das artes visuais que dão novas perspectivas à música clássica e sua divulgação”, complementa Alireti.
Entre os estudantes de artes visuais envolvidos na produção artística da temporada está Lavínia Machado, que explica como utiliza o conceito de sinestesia para absorver as particularidades de cada apresentação musical e transformá-las em elementos visuais. “A ideia é ter uma peça artística e que também seja usada como material de exposição dos concertos”, explica a estudante.
Para Lavínia, a oportunidade de levar os conhecimentos do curso de artes visuais a outras áreas é uma chance de explorar novos territórios e integrar diferentes setores da Unicamp. “É uma oportunidade de integrar diferentes setores da Unicamp e produzir peças artísticas para uma orquestra Sinfônica”, finaliza.
Amanda Franciscon, outra estudante de artes visuais integrante do projeto, também aprova a iniciativa. “Estamos no mesmo prédio, estudantes de artes e música, porém nem sempre há uma troca ou um relacionamento tão próximo. Por isso acho a dinâmica do projeto muito positiva para melhorar essa relação”, comenta.
Franciscon destaca que muitos estudantes acabaram por conhecer os trabalhos da Sinfônica depois que a viram produzindo uma das peças (que ilustra este post). “A ponte que está sendo estabelecida possibilita que estudantes que até acompanham o universo da música passem agora a integrar ao contexto da Orquestra”, destaca a estudante. Amanda comenta que, para a peça, ela fez uso dos estudos que já fazia sobre texturas e gestos, aliando isso ao tema da apresentação que seria realizada. “Tive liberdade para criar, conforme conversas com a equipe da Orquestra. Para a produção da ilustração, lancei mão do trompete, que além do gesto e da música, há a questão do círculo, das formas geométricas dos instrumentos”, complementa.
Com essa proposta de integração entre música e artes visuais, a Temporada 2023 da OSU na Unicamp promete trazer novas experiências e perspectivas aos amantes da música clássica e das artes visuais.
Para acessar o portfólio da estudante Lavínia Machado, clique aqui. O portfólio da Amanda Franciscon pode ser acessado clicando aqui.
